Ele disse ser comum e, então, ela ficou se perguntando, se ser comum era exatamente querer igual aos outros, fazer como os outros, seguir um padrão… A variação do que se é está mais na cabeça dos outros do que em nós, porque ela mesma era muitas coisas, mas sempre havia um rótulo para sua maneira de vestir, de se comportar… até para o formato do rosto.
Ele não era comum, escondia-se o tempo todo, não se comprometia, não dizia nada antes de ouvir o que queria, nasceu para confundir!
Ficou pra ela o simples desejo de saber quem ele era, ainda que só um aspecto a interessasse. A possibilidade de cair num buraco negro também a amedrontava, mas ela não a negava.
Ela calculava o risco da maneira mais simples e deixava que os outros a vissem como quisessem, utilizando-se das conveniências.